Alguns profissionais, empresários e personalidades de Novo Horizonte, pagam pela “Suposta Pesquisa”, que teria como objetivo premiar os destaques do ano nos mais diversos ramos de atividade.
Esse não é um caso isolado, em todo Brasil, falsas agências de pesquisas oferecem o tal prêmio baseados em fontes duvidosas ou enquetes promovidas nas redes sociais cujo os dados poderão ser editados de acordo com a demanda de quem aceita pagar para receber o certificado.
– Afinal, quem não quer ser reconhecido como o melhor do ano?
A sensação é ótima, além de satisfazer o ego, a divulgação do suposto prêmio faz parte do esquema de marketing que funciona principalmente nas cidades pequenas. Mas cuidado, de acordo com o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) falsificar pesquisas é crime e fixa pena de reclusão de três a cinco anos e multa.
Em cada região desse nosso imenso Brasil, o mesmo golpe acontece em moldes diferentes, mas em comum, começa com uma ligação telefônica, onde, usando de má fé, o agente se identifica como pesquisador e comunica ao transeunte do outro lado da linha, que ele foi escolhido como o melhor do ano.
Esse é um tipo de trabalho que, além de na maioria das vezes não ter sido realmente efetivado, nem poderia, sem ser credenciado junto ao CONRE – Conselho Regional de Estatística, órgão que regulamenta tal atividade e deveria fiscalizar com rigor, a fim de inibir tais práticas ilegais.
Após o primeiro contato por telefone, o representante da empresa de pesquisa visita o comércio pessoalmente, onde, com um bom papo, consegue iludir profissionais e personalidades daquela cidade, insistindo na tese de que realizou uma “pesquisa seria”. Quando o golpe é percebido, o vendedor de “prêmios” procura um concorrente e assim o faz sucessivamente até encontrar alguém disposto a negociar uma contra partida.
Em alguns municípios, a pratica já se tornou um evento anual, a adesão é quase que automática e grandes eventos para entrega dos certificados são promovidos. É quando o golpe fica ainda mais explicito, pois os organizadores trocam premiações por serviços, à exemplo de locutores, fotógrafos, seguranças, donos de salão e outros profissionais que colaboraram com o evento, recebendo como pagamento o certificado de DESTAQUE DO ANO enquanto os demais “contemplados” chegam pagar até 3 mil reais por prêmio que as vezes pode ser até leiloado.
Isso é lamentável, são atitudes típicas de “APROVEITADORES”, que iludem até agentes públicos que deveriam fiscalizar esse tipo de ação supostamente ilegal.
Como jornalista, me sinto na obrigação de alertar e tentar ajudar a corrigir essa distorção, pois o primeiro ato de má fé, ocorre junto aos veículos de comunicação impressos, sites, blogs, emissoras de rádio, que, divulgam a farsa, em troca do tal prêmio sem grandes prejuízos, além da credibilidade abalada.
Mas como resolver esse problema?
É notório que a divulgação dos prêmios, mesmo que supostamente fraudados, aquece o comércio e movimenta a concorrência, logo, acirra a competitividade e em partes, evidencia os agraciados. Não devemos julgar as pessoas de bem que foram iludidas por uma pesquisa que não existiu, o que devemos cobrar é que haja de fato a iniciativa de se fazer uma pesquisa de satisfação verdadeira promovida pelo setor de Desenvolvimento Econômico do município em parceria com as associações comerciais que estejam dispostas a contratar uma agencia de pesquisa credenciada.
Novo horizonte pode ter um comércio forte, vibrante e apartado de ações enganosas, basta que em união, a solução deixe de ser teoria.
Profissionais, empresários e personalidades de Novo Horizonte, lembrem-se, antes de fechar participação em eventos dessa natureza, certifique-se da idoneidade da empresa, peça para que apresentem o resultado FINAL da tal pesquisa, assim como a metodologia utilizada, quantidade de entrevistados, quem é o profissional estatístico responsável e o registro da empresa junto ao CONRE – Conselho Regional de Estatística.